Mas agora, mais que urgente, necessito me desfazer dessa quinquilharia emocional. Me livrar de ressentimentos, portas e telefones na cara, pés na bunda e costas dadas. Abandonar esse retorno que vive querendo que eu dê um passo atrás, para que eu acredite que darei dois à frente depois, mesmo sabendo que isso é uma pegadinha do destino. Tenho que parar com esse ceticismo de quem ri da esperança dos outros, descartar conversas vazias, sair da roda do disse-me-disse. Afogar minhas angústias numa boa taça de vinho e torcer para a tristeza acabar quando eu der o último gole na bebida. Me desvencilhar de gente triste, gente avarenta, de gente que não sabe viver."
Aryane Silva - Crônica: Balão
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